sábado, 3 de março de 2012

Chet Backer e uma bebida


Quero sentar num bar, e beber, só porque não bebo
O álcool como alívio, como antídoto
Morfina pras minhas dores
Cantando Billie holliday num boteco meia boca
Sozinha
Chet Backer e uma bebida
Morfina
O dono do bar parece cansado, exausto de escutar chatos e comentários chulos
E grito alto e meio embolado, batendo a mão direita aberta no balcão
Chet Backer e uma bebida, meu caro!
Quero meus desafetos afogados
Algo com bastante álcool , e que seja barato, e que seja rápido
Sinto-me vazia e grito pedindo
Chet Backer e uma bebida
Gargalhando com ironia
Rindo da falta de graça
Pra não chorar em casa, sozinha
Peço morfina
Finjo alegria
Ah, que ironia a vida
Estou muito louca
Cantando Billie holliday
Num boteco meia boca
Com a voz bêbada
Embargada pela mágoa
Da falta de graça, da falta do amor
Bato no balcão a gritar com ironia
Chet backer e uma bebida!
Sozinha...
Vazia!



Alcoolatra



Bebo
E perco
O juízo
Já bêbado
Não me responsabilizo
Se embebedar é preciso
E peço
Algo
Que contenha
Álcool
E um tanto
Tonto
Cambaleando
Encho o saco
Ser bêbado
É ofício
Complicado
Ser bêbado
É vício
Alcoolizado
Filosofando sandices
Estou embriagado
Em devaneios
E crises
Tonturas e álcool
O garçom
Quer fechar
Saio
Trocando as pernas
Até outro bar
Não quero ser hipócrita
O que vou fazer no AA
Se sou alcoólatra?
Meu lugar
É o bar!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

HOME


Ergo minha taça entre estas páginas! sugiro que se beba à arte! Brindo e dedico a cada sonhador , amante da arte, a cada sujeito obsoleto e bebado dos mais simples e sutis prazeres, ao amor e a dor, encho vossas taças de palavras e lhes sirvo, meus queridos, do que sinto e do que minto... espero que estas páginas alterem vosso estado e lhes tornem leitores levemente embriagados!
Tim Tim!

Valsa de palavras


Doses e overdoses


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Calor escarlate


O calor escarlate, anti-arte, torna o requinte escasso, cada vez mais raro, raios rubros, ruivos, rubis, rudes, rústicos, a ruptura, a ruga rúbida...
O sol escaldante, rubejante, rubescente forte, escarlate...
O calor , o rubor, larápio dos prazeres, ratoneiro do ópio,do opus, do latim da lascívia, da voluptuosa vontade, o calor é anti-arte, não permite o divino, o lírico, o rico, o frio, o alívio, papiros vazios, nostalgia, saudades sul-campestres, bucólicas lembranças...
Calor ríspido, rígido, rústico, rubro, rude e escarlate, escaldante e anti-arte...
A mente sã, suada, a pele pálida avermelhada, não cabe um chá matte, calor que derrete, o requinte, o chocolate, o calor , o rubor larápio dos prazeres, rústico, rubro, rude e escarlate, escaldante e anti-arte!

A fórmula da luz


O poder da mente , o poder do som, o poder da dança, horas e horas e horas num vale onde a verdade, não existe... a mente sempre vence o corpo e os copos de vodca. São muitas as formas de se embriagar, o som satisfaz como o sexo, a dança se move em seus músculos e a mente finalmente vence a dor física, o desconforto, sem nenhum esforço, nem remorso, o corpo se gasta, se mata de tanta vida... sorrisos coloridos, jovens, sacanas, óculos escuros , obscuros e obsoletos vêem movimentos intensos, hora involuntários, aprazíveis, sonolentos, comprimidos e livres, o indizível, o abstrato, num templo, num tempo onde o som é o senhor, se cansar é pecado , na velocidade do som, da fórmula da luz, embriagai-vos!

De folga de mim


Minha tristeza é tão nítida
Que passo aos olhos de quem não me conhece
Como uma pessoa tímida, discreta até...
Logo eu
Justo eu, devota da santa ignorância
Fiel ao exagero
Hoje não tenho pressa
Nem medo
Nem me sinto indefesa
Nem surpresa com isso
Hoje me desconheço
Hoje estou calada
Sem rir demais
Sem chorar
Hoje não faço drama
Nem me comovo com comerciais
Hoje não quis ler nenhum livro
Hoje estou de folga
Das minhas reclamações e paranóias
Hoje tive um dia normal
O que normalmente não acontece
Hoje não separo loucura de caretice
Hoje só sobrevivo
Não lamento nem sorrio
Estou cansada
Exausta
Hoje estou de folga
Dos meus problemas
E até dos meus sonhos
Hoje passei o dia só
E nada me fez falta
Hoje não exagero em gestos
E não respiro com prazer
Apenas existo, involuntariamente
Hoje cansei da morte e até da vida
Hoje sou uma estranha
Nada me importa
E não vejo beleza nem dor
Em nada
Não sinto pena nem remorso
Nem amor próprio
Amanha
Eu volto.

Viva La Vita!



Sinto saudades de arrumar as malas a qualquer hora, e sair, sem a menor certeza do que vai acontecer, embarcar e descer em algum outro lugar...
Ser nova aos olhos dos outros, e especular com mesmo animo, novos estranhos, e sentir surgir laços, o início de mais uma história a ser contada, assistir o que serão logo, lembranças... fazer história, fazer parte da história dos outros , e sair dali com a bagagem mais pesada, com a voz já embargada pela saudade nova, pra ser guardada junto a muitas já antigas... viver a vida com delicadeza e a fineza da simplicidade, dando requinte a belos fins de tarde, de prosas intermináveis e risadas incontáveis, de sentir a sorte de ter te encontrado, você que nem conheço e tenho medo, quando penso que te perco, por não poder ir agora, com isso deixo páginas vagas, pelos amores que perco, os momentos e tempos frios de ouvir boa música, tomando um vinho num lugarejo longe de tudo ou num bar de beira de estrada que toca um vinil do jethro tull, junto á amigos de jornada, a viajar em busca de sonhos, de música, de novas histórias, entre risadas bêbadas e uma conversa genial, saudades de estar viva, saudades dos grandes amigos que ainda permanecem desconhecidos, porque preciso esperar, preciso trabalhar nesta temporada, mas encontro vocês no caminho, caríssimos, por favor, mantenham-se vivos... e finalmente iremos nos encontrar, mais fortes, mais velhos é verdade e com isso mais convencidos de que não há nada mais lindo, não há nada mais lírico que a simplicidade, não há nada mais rico que levar na bagagem, apenas aquele velho casaco, cadernos rabiscados com registros diários e claro, olhar pro lado e ver aquele chato, aquele cara inacreditável , que é como criança e que único e inesquecível, espero logo partir com um bando desses comigo, pra abraçar bem forte e chamar ‘meu amigo!’... Enquanto isso, sigo me preparando para este grande encontro, a qualquer esquina da vida, sonhadores bucólicos, boêmios, pra ir passear e quem sabe parar numa colônia, na Itália... e colher uvas e dançar na festa da grande colheita, e fazer vinho , e dançar...e se olhar sorrindo parecendo não acreditar, ver crianças se divertindo no amarelado fraco, vindo dos últimos raios do sol daquela tarde, naquele lugar e brindar dando risada... infinitas saudades aos patrícios ainda desconhecidos, lhes encontro um dia, caríssimos e nossa sintonia soará uma doce sinfonia , e nossa voz alta, erguida junto às taças, brindarão palavras,ditas e devidamente obedecidas: “Viva La vita!”

P.S.: Até logo, queridos, tenho a certeza de encontra-los... e viver dias embriagados, regados a gentileza e alegria, sinto que são homens distintos, nobres, de trajes antigos e bucólicos... homens ligeiramente bêbados e sempre cheios de cortesia e fineza , cantando e cambaleando pela estrada ‘Roadhouse Blues’ dos Doors ... sujeitos com os defeitos que vou adorar suportar e com os sorrisos, que amo, desde já...

Intacta



Sinto-me presa, dentro de uma ampulheta, perdida nas areias, desertos perpétuos do tempo, o único que se move, e não morre. Mestre implacável que nos enruga , nos castiga, nos cura e nos ensina, consegue trazer morte á tudo quem vida, menos à arte, a esta, o tempo não se atreve, o mestre, se rende à metamorfose de Narcizo, amante do surrealismo, salvador.
Não se assusta com a fase da guerra, nem se desespera diante d’el espectro Del sex appeal e vê sua glória retratada na persistência da memória .
Tempo, velho que não chora e que nos olha, que nos roga, que nos curva, que nos leva as areias dos desertos, imensos, imersos que parece não ter fim, a prova de que milhares de ampulhetas se desfizeram , sem poder suportar o infinito, e mares de areia foram surgindo, neste, onde a vida é apenas uma miragem , e a única a que o tempo não se atreve tocar , é à arte! Esta permanece casta, intacta, eterna uma vez que o tempo não se atreve à ela.

Detalhes da natureza

Detalhes da natureza

Sou amante da duvida e dos livros que ainda não li, tenho mais apego pelo que não sei do que tenho pelo que penso que aprendi.
Adoro ouvir o nome de um autor desconhecido, me lembra que ainda restam tantos livros... tanto a ser visto, a ser lido, a ser dito. Creio que por isso, adoro moços com ar de superioridade, que discursam com prepotência, vejo graça neles...
Admiro a sabedoria desprovida da influencia perigosa de teorias que ninguém mais duvida, vinda da pureza do raciocínio somado as experiências vividas pelos raros sábios iletrados, é pura sua percepção, pouco contaminada pelos possíveis erros e preconceitos das idéias dos outros, a sabedoria pura, misturada, claro, à cultura , sotaque , regionalidade , crenças , lendas , temência às antigas histórias, hereges e horrendas , de modos e conseitos e herança de valores.
Não há nada que ainda permaneça Casto , tudo já foi contaminado, claro, mais ainda assim existem relatos caros de moços velhos que lêem o tempo através dos sinais escritos pela natureza, num idioma antigo, difícil de ser traduzido aos quatro ventos, nos quatro elementos, nas quatro estações, nos papiros abertos nos quatro braços da rosa dos ventos, no tempo.
A sabedoria daqueles que respeitam e cumprem seu ciclo, com a plena conciência de que somos apenas, entre tantos, detalhes da natureza.
E sigo estupefata, encantada com as palavras ditas desconhecendo as reformas literárias, ortográficas ou regras de gramática, mais ainda assim, eruditas.
Tempo esgotado

A terra treme
A sensação térmica da pele mórbida da vida morta que está por vir
Tremores de terra
Dias diminuídos
Extremamente quentes
Friamente frios
Falta d’água
Dias secos
Desertos novos sendo descobertos
Enchentes
Maremotos
Tsunamis
E terremotos
A terra treme
Sacudindo seus mortos
Engolidos por crateras ou embaixo de destroços
Caos
Desordem
Vidas destruídas
Ruínas
Dias de agonia
Ondas gigantes
Tremores e enchentes
Prédios e grandes impérios ao pó voltarão
Palácios e planaltos
Perecerão
A terra treme, reage
A terra responde
Mostrando que já é tarde
Prédios e grandes impérios ao pó voltarão
Em todos os continentes vejo todos os povos chorando seus mortos
Procurando migalhas de vida, em meio aos destroços
Crianças mutiladas, sem suas famílias nem suas casas
Caos
Finalmente virá
O dia em que seu dinheiro não poderá mais comprar
O dia em que o desespero irá chegar
Bancos moedas e notas
Não poderão pagar
A terra, não aceita moedas
A terra, que viu tantas guerras
Tecnologias suicidas
Poluentes, lixo e desperdício
Não ira se comover
Com o fim explícito
Homens gananciosos
Nações e grandes potências mundiais
Que só se preocupavam com poder
Veja seu império de desfazer
A terra treme
Pra lhe devolver o mal, que lhe foi causado
Dólares, não valerão nem um centavo
Euros não comprarão sequer uma gota de água
Notas e dólares não valerão nada
Em meio ao desespero
A terra treme
Lhe mostrando o quanto vale o seu dinheiro
Poderosos morrerão de sede, com milhões de cédulas nos bancos e nos bolsos
O dinheiro, finalmente, não poderá comprar
E a terra se lembrará
De homens que criavam bombas atômicas
Nem um pouco preocupados com o aquecimento da terra e o desequilíbrio das placas tectônicas
Agora choram
Enquanto a terra treme de desespero
A terra chora
E suas lágrimas alagam e trazem medo
A terra morre
E já não há mais nada
Que possa ser feito...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lágrimas de tinta

Virá
Há qualquer momento
O barulho do mar
Engolindo telas e monumentos
Ah, que mágoa
Tenho do mar
Que irá engolir
Que irá lavar
Que irá levar
Ah, só de pensar
Que a arte não vai suportar
Ondas avassaladoras
A te machucar
Roubando
Sua fragilidade
E por fim
Será tarde
Raridades
Jamais serão vistas
Artistas
Chorem lágrimas de tinta
Chorem a morte
De suas obras primas
Depois do fim
Onde estarão
Nossos retratos
Nossos quadros e Picassos
Onde estará escondida
Nossa eterna mona Lisa
Onde restará
O requinte
Da arte
Quem contará as histórias
De grandes mártires
Haverá asfixia
Vira a nostalgia
Vejo livros
Sendo engolidos
Pelo mar
Ah, como me desespera pensar
Que poetas mortos
Vão enfim morrer
Que artistas póstumos
Vão perecer
Quem contará nossa história?
Quem dirá heresias
Em nossa memória?
Preciso
Que restem vestígios
Livros e Picassos escondidos
Depois do fim
Haverá um novo início
Já teremos sido extintos
Oh mar
Suplico
Que deixe escondido
Sequer um manuscrito
Que revele
A dor que sinto
A beleza da vida
A pureza da arte
De ter existido
Que reste
Pelo menos um disco
Não posso suportar
A arte morta
A música muda
Uma platéia surda
As Flores do mal
Murchas
E decompostas
Não posso sepultar
Poesias mortas
Não posso suportar
O mar dissolvendo
A tinta
Das últimas pinceladas
Do artista
O mar beijando
O sorriso falso
Dos lábios de Mona Lisa
Preciso
Que reste um vestígio
Um resquício do vinho
Da santa ceia
De Da Vinci
Que conte
Que fomos feitos e filhos
Da arte
E do requinte
Imagino
Que será ouvido
Um Blues infinito
E temo
Que jamais poderá se contemplar
Quadros e livros
Criadores e pintores
Chorem lágrimas de tinta
Que cairão na terra
Pintando a última tela
De suas vidas
Chorem a morte
De suas obras primas
Pois temo
Que não haja feitiço
Que possa sanar
Tamanho malefício
Ah, como gostaria
Que fosse delírio
Da minha mente
Mas, vejo livros
Perdidos
Pra Sempre...
Viva La Vita !

Sinto saudades de arrumar as malas a qualquer hora, e sair, sem a menor certeza do que vai acontecer, embarcar e descer em algum outro lugar...
Ser nova aos olhos dos outros, e especular com mesmo animo, novos estranhos, e sentir surgir laços, o início de mais uma história a ser contada, assistir o que serão logo, lembranças... fazer história, fazer parte da história dos outros , e sair dali com a bagagem mais pesada, com a voz já embargada pela saudade nova, pra ser guardada junto a muitas já antigas... viver a vida com delicadeza e a fineza da simplicidade, dando requinte a belos fins de tarde, de prosas intermináveis e risadas incontáveis, de sentir a sorte de ter te encontrado, você que nem conheço e tenho medo, quando penso que te perco, por não poder ir agora, com isso deixo páginas vagas, pelos amores que perco, os momentos e tempos frios de ouvir boa música, tomando um vinho num lugarejo longe de tudo ou num bar de beira de estrada que toca um vinil do jethro tull, junto á amigos de jornada, a viajar em busca de sonhos, de música, de novas histórias, entre risadas bêbadas e uma conversa genial, saudades de estar viva, saudades dos grandes amigos que ainda permanecem desconhecidos, porque preciso esperar, preciso trabalhar nesta temporada, mas encontro vocês no caminho, carríssimos, por favor, mantenham-se vivos... e finalmente iremos nos encontrar, mais fortes, mais velhos é verdade e com isso mais convencidos de que não há nada mais lindo, não há nada mais lírico que a simplicidade, não há nada mais rico que levar na bagagem, apenas aquele velho casaco, cadernos rabiscados com registros diários e claro, olhar pro lado e ver aquele chato, aquele cara inacreditável , que é como criança e que único e inesquecível, espero logo partir com um bando desses comigo, pra abraçar bem forte e chamar ‘meu amigo!’... Enquanto isso, sigo me preparando para este grande encontro, a qualquer esquina da vida, sonhadores bucólicos, boêmios, pra ir passear e quem sabe parar numa colônia, na Itália... e colher uvas e dançar na festa da grande colheita, e fazer vinho , e dançar...e se olhar sorrindo parecendo não acreditar, ver crianças se divertindo no amarelado fraco, vindo dos últimos raios do sol daquela tarde, naquele lugar e brindar dando risada... infinitas saudades aos patrícios ainda desconhecidos, lhes encontro um dia, caríssimos e nossa sintonia soará uma doce sinfonia , e nossa voz alta, erguida junto às taças, brindarão palavras,ditas e devidamente obedecidas: “Viva La vita!”

P.S.: Até logo, queridos, tenho a certeza de encontra-los... e viver dias embriagados, regados a gentileza e alegria, sinto que são homens distintos, nobres, de trajes antigos e bucólicos... homens ligeiramente bêbados e sempre cheios de cortesia e fineza , cantando e cambaleando pela estrada ‘Roadhouse Blues’ dos Doors ... sujeitos com os defeitos que vou adorar suportar e com os sorrisos, que amo, desde já...

terça-feira, 7 de junho de 2011

A fórmula da luz

O poder da mente , o poder do som, o poder da dança, horas e horas e horas num vale onde a verdade, não existe... a mente sempre vence o corpo e os copos de vodca. São muitas as formas de se embriagar, o som satisfaz como o sexo, a dança se move em seus músculos e a mente finalmente vence a dor física, o desconforto, sem nenhum esforço, nem remorso, o corpo se gasta, se mata de tanta vida... sorrisos coloridos, jovens, sacanas, óculos escuros , obscuros e obsoletos vêem movimentos intensos, hora involuntários, aprazíveis, sonolentos, comprimidos e livres, o indizível, o abstrato, num templo, num tempo onde o som é o senhor, se cansar é pecado , na velocidade do som, da fórmula da luz, embriagai-vos!
Livros

Tem gente que aplica seu dinheiro em imóveis, outros preferem carros caros, casas, ações, bebida, cigarros, sapatos, sei lá... já meu dinheiro, é quase todo consumido em livros e revertidos em pensamentos e palavras, os guardo com cuidado.
São eles meus filhos, os empresto apenas a amigos muito íntimos... livros são pessoais demais...
Quando eu resolver reler cada um deles, as páginas, já não serão as mesmas, coisas muito particulares são somadas aos livros que lemos... o leitor precisa ajudar o autor... com um bom lugar, música clássica... apesar de que digo isso, mas, leio em qualquer lugar, porque quando entro no livro, já não estou...amo ler, adoro o barulho das páginas sendo folheadas, o cheiro dos ácaros dos livros amarelados das estantes dos sebos, gosto do livro antes de ler, dependendo de quem me recomenda, sujeitos ótimos lêem ótimos livros... por outro lado, dependendo do sujeito que indica, mesmo que o mesmo o tenha me emprestado, não leria...
Livros são pessoais demais...
Livros denunciam.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Boa nova

Hoje recebi uma carta da biblioteca nacional me dizendo que fui mesmo eu quem escreveu o meu livro !

sábado, 4 de dezembro de 2010

mais...

Passo finais de semana baratos em Belo Horizonte, com Luciano, um amigo de infancia desde o colegial.. que desenha croquis e expressa sua arte com cortes , panos, peças, desenhos e máquina de costurar... tambem fez a capa de ' saudades do ócio, uma ampulheta que chora... ouço Carlos Gardel e tomo um vinho... se tudo der certo viajo pra registrar os manuscritos em janeiro junto à biblioteca nacional... e finalmente poderei postar poemas, histórias de viagens de lugares e de arte, e espero encontrá-los pelo caminho e lhes entregar , finalmente, o meu livro, e estar dinovo livre por uns tempos... com isso voltei pra casa de minha mãe depois de quase cinco anos, economizo com isso e também amo estar entre eles... não tem sido execrável, tenho trabalhado a noite, durmo pela manhã e leio e escrevo durante a tarde, e lhes digo, meus amigos, o que me move, são as saudades...

embriagai-vos

as primeiras 100 cópias do livro inacabado estão empoeirando em meu quarto... outro livro foi escrito enquanto isso... vindo de meu trabalho ardoo pra transformar minhas palavras em páginas... juntando grana num porco de porcelana, me privando de viagens e lugares que amo, compro apenas livros, como Vincent Van Gogh que mal comia pra comprar tinta, também me privo, de meu vício mais sincero, viver de lugar em lugar numa vida desrregrada do barato, cigarros apenas picados e cafés amargos, com minhas últimas pratas, longe de casa, sentindo a graça de existir a dádiva de poder respirar de poder pensar, ver, cantar,a música... alimento ... a arte me alivia e admiro sobretudo a terra, a mais perfeita tela, que outrora era remota sem forma,vazia então o artista supremo criou a tinta, as cores as formas, os seres, e amo observá-la, um amigo, Luciano, autor da rosa dos ventos retorcida da capa de embriagai-vos é quem cria estas contas... é estranho digitar... gosto do barulho da caneta sobre o papel, e meus manuscritos são como telas que escrevo o que sinto... amo as palavras...confesso meu jeito obsoleto, mas vou tentar não esquecer a senha dinovo... outro livro foi escrito vindo da anciedade de poder deixar meu emprego pra respirar outros lugares, conhecer gente, apreciar a arte... outros lugares... chama-se 'saudades do ócio' e sigo arquitetando-o... a ele já não faltam palavras... só falta a ele notas...cédulas meus caros!mas estou a cuidar disso... e engordo meu porco de porcelana, não gosto muito de contas, senhas... enfim, espero logo encher vossas taças de palavras...

P.S.: Luciano acaba de fazer uma incrível mágica em resgatar minha senha a qual esqueci de memorizar ou memorizei e não lembro... não sei bem...

um abraço
obrigada por ler meu desabafo!

espero ter mais sorte que Van Gogh!

Dread

sábado, 1 de maio de 2010

Embriagái - vos - Capa Luciano Castro



Embriagai-vos esta pronto para ser publicado, um livro eternamente inacabado onde as letras não são capazes de expressar a dor, o amor, a loucura um livro que não foi escrito para sábios e eruditos, são manuscritos de histórias e viagens de álcool e de ácido inspirado na musica, ou melhor, no que sinto através da musica... por isso leia ouvindo discos antigos de vozes bebadas e gritadas dos bares de São Francisco... ao som do jazz do Blues e do Rock and roll...
seram feitas a princípio apenas 100 cópias...

A capa mostra uma rosa dos ventos retorcida indicando direções a serem percorridas cada caminho cada história, que pode levar a dúvida à um labirinto ou a uma monótona linha reta... suas virtudes iram te levar a exatamente onde merece chegar.


lançamento previsto para o final de maio.